sábado, 16 de abril de 2011

esbocei apenas um sorriso


Pela primeira vez. sem defesas, sem armas. Os seus lábios tocaram os meus de uma maneira tão delicada como se a uma flor. Nunca pensei dizer isto, mas simplesmente amava-o de uma forma quase impossível de conceber. 
os seus braços rodearam-me, protegendo-me de mim própria. Aliada ás forças do oceano, que ribombava perto de nós.
era quase impossível termos a praia só para nós, um sonho fantástico, assim podem dizer. Mas mesmo assim, ali estávamos nós. Perante o pôr-do-sol tão próximo do horizonte. Perante um montante de coisas que apenas indicavam que tudo aquilo mais parecia um sonho. 
estava a olhar para mim á já algum tempo, perdi noção do que fazia, quando ao mesmo tempo me perdi nos pensamentos, ele devia ter reparado que estava distante. O seu rosto esboçava completa “frustração”, entrei em pânico, chateei-o, ao que parecia. Ao ver o estado em que eu estava, ele aproximou-se cada vez mais, e mais, e mais. Até que os seus delicados lábios beijaram os meus novamente. O meu coração começou a bater cada vez mais rápido, coisa que até ao momento nunca conseguia controlar, irritava-me, pois ele parecia conseguir ouvir o bater do meu coração, sempre. 
comecei a ficar sem respiração. Ele afastou o seu corpo de mim, como se sentisse uma corrente eléctrica percorre-lo. O meu coração escapou uma batida, outra vez. ele olhava para mim, como se fosse a coisa mais preciosa do mundo, sempre me impressionava a maneira como ele o fazia. Eu sabia bem que não era a mulher mais bela ou preciosa, mas o modo como ele se apaixonou por mim. Os momentos. Simplesmente impressionava-me. Nunca ninguém o fez como ele o fez, nunca ninguém me tinha feito sentido assim. amava-o.
«amo-te» - murmurou ele.
não respondi, ele sabia a resposta. Esbocei apenas um sorriso e esperei que aquela noite nunca mais acabasse.


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