quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

sempre


Mãe. Obrigada.
Obrigada pelos abraços. Obrigado por me embalares quando o sono era pouco. Obrigada por me cantares músicas. Obrigada por rires comigo. Obrigada pelos beijos de boa noite. Obrigada por me aconchegares na cama nas noites mais frias. Obrigada por te preocupares comigo sempre que chorava. Obrigada por curares os dói-dói’s que eu fazia. Obrigada por partilhares sorrisos e brincadeiras comigo.
És das pessoas mais generosas que conheço. Das mais simpáticas e amáveis.
Aliás, és das pessoas mais fortes que conheço. Pensas-te uma pessoa fraca e inútil. Posso garantir-te que não és. És mais forte do que alguma vez poderás imaginar. Já aguentas-te mais do que qualquer ser humano deveria aguentar. Aguentaste e simplesmente tentaste seguir em frente. Não sei como consegues desculpar tudo e todos. Simplesmente não sei.
Choras. Raramente, mas choras. E quando o fazes, o meu mundo fica mais triste e escuro. Sofres. Preocupaste em não deixar transparecer nenhum desses sentimentos, mas por vezes é demasiado. Simplesmente demasiado.
Tentas esquecer tudo. Mas a dor permanece. Tentas perdoar, mas é demasiado difícil. Tentas de tudo e simplesmente não chega. Horrível, não é?
Como um pequeno menino que perdeu a sua bola, chora, á sua procura, tu choras á procura de uma solução. Todas as soluções contam. O desespero é tanto q assim é.
As estrelas que vias no céu, pareceram diminuir o seu brilho. Mas ao mesmo tempo estás contente, por não ofuscarem mais a tua vista. Estás contente por teres descoberto tudo antes do tempo, apesar de não ser uma surpresa feliz. Estás contente porque não continuas a viver numa mentira. Descobriste como as coisas realmente são. Deixas-te de ser criança á muito tempo atrás, deixas-te de brincar como brincavas. Esta situação não te vai enfraquecer. Não vai. Vai, sim, contribuir para mais um capítulo do teu longo crescimento. Uma parte da história, não tão feliz, mas uma parte q te ajuda a perceber as coisas melhor.
Sei que no princípio é difícil. é como as estrelas que diminuíram o seu brilho, já não te ofuscam a vista, mas continuam lá para te baralhar o caminho. Um caminho que por vezes é muito difícil. Um caminho que não pode acabar tão cedo. Tem que continuar a contar histórias até muito depois do previsto. Assim esperamos.
Não sei o quanto amas, nem o quanto amas-te. Não sei a percentagem do teu amor por aquela pessoa. Sei q diminui, mas continua lá. Sei também que esse amor, nunca deixará de existir. Nunca deixa. Amores genuínos não se apagam. Ficam sempre no nosso coração, seja a dimensão dele, a q for.
Vives a vida, vivendo o passado. És uma lutadora. Orgulho-me disso. Orgulho-me em ser tua filha.
Preciso que nunca me deixes. Nunca.
Amo-te mãe. Sempre.

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