domingo, 28 de novembro de 2010

Meu amor, a vida nunca é justa.

Sempre que passas por mim sorris. Sempre que os outros te sorriem, tu simplesmente baixas a cabeça. Tens defesas, tens protecções, não te queres magoar mais.
Percebo-te.
Percebo-te perfeitamente.
É como se a flor mais delicada do teu jardim estivesse a ponto de morrer.
Choras longas horas por isso. Choras e as lágrimas parecem nunca mais acabar. Parece que a luz nunca mais chega, e tudo o que vês é escuro. Um tremendo escuro onde nada é o q é. Nada significa o que realmente significa. Nada é o teu amor.
Precisas de luz para viver, precisas daquela tão preciosa luz. Brilhante e incandescente. Precisas que ela te esconda algumas coisas que preferes não saber. Simplesmente para não te magoares.
Deitas-te na cama á noite e pensas no porquê de tudo, e que o teu coração não aguenta nem mais uma ferida, nem mais um simples arranhão. Não aguentas passar mais nenhuma noite em frente ao piano, a tocar notas sozinhas e sem ênfase, notas tristes próprias de pianista com alma.
Tudo isto porque amas com toda a força, porque as desilusões não são o teu forte. Porque quando amas, amas mesmo. Dás tudo por aquela pessoa. Morrerias por ela.

«É injusto»

Desculpa desiludir-te, mas
-Meu amor, a vida nunca é justa.


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